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  • Foto do escritorMileneCouras .

Rebeca Andrade e a Miopia: como a ginasta convive com a condição



Fonte: Globo Esporte, TV Globo


Você também viu a ginasta Rebeca Andrade buscando os óculos para enxergar sua nota que lhe deu o ouro olímpico em Paris?

A maior medalhista olímpica do Brasil de todos os tempos descobriu que não enxergava bem durante as Olimpíadas de Tóquio, há três anos e, após exames descobriu que tem miopia (distúrbio visual cuja principal característica é a dificuldade de enxergar de longe) e astigmatismo (dificuldade que uma pessoa tem para enxergar de perto ou de longe e em focalizar a imagem e, assim, ter distorções) nos olhos.

A ginasta afirmou em entrevista ao site Olympics que possui mais de 2 graus de miopia e mais de 2 graus de astigmatismo e que precisa confiar em seus instintos, já que não utiliza óculos ou lentes durantes as apresentações: “Dá pra errar, mas não seria por não enxergar”.

 

A atleta que ganhou quatro medalhas nesta Olimpíada compete sem enxergar o final da trave, por exemplo: “Eu não enxergo (a trave). Vou no feeling”, contou a atleta em entrevista ao Sportv, no programa “Ça va Paris”.

Para evoluir no esporte e obter os resultados esperados, os atletas desenvolvem técnicas durante os treinos e competições. No caso da ginasta, ela opta por treinar e competir sem lentes oftálmicas por medo do pó de magnésio, utilizado para aumentar a aderência nos aparelhos, cair nos olhos e prejudicar ainda mais sua visão.

Entre as técnicas que utiliza, ela contou que conta as passadas antes de chegar ao trampolim e mede os passos na trave.

 

Mas o que é miopia?

 

Uma condição ocular que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, a miopia é um erro refrativo comum, onde os objetos próximos são vistos claramente, mas os distantes aparecem desfocados. Isso ocorre porque a luz que entra no olho é focada incorretamente, fazendo com que a imagem se forme antes da retina. Estudos mostram que a prevalência da miopia está aumentando globalmente, especialmente entre jovens. De acordo com artigo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), a incidência de miopia em crianças e adolescentes dobrou nos últimos 50 anos.

 

O Impacto da Miopia nos Atletas

 

A miopia pode afetar a percepção de profundidade e a capacidade de enxergar objetos distantes claramente, o que pode ser um obstáculo significativo em esportes que exigem precisão visual. Um estudo publicado na British Journal of Sports Medicine destacou que atletas com miopia não corrigida têm um desempenho inferior em esportes que exigem alta acuidade visual.

Para atletas que, como Rebeca, convivem com a miopia, existem várias estratégias que podem ser adotadas para mitigar os impactos dessa condição:

- Uso de óculos esportivos específicos para cada modalidade, com lentes adequadas e armações que tenham flexibilidade e aderência ao rosto, facilitando movimentos rápidos e proteção aos olhos.

- Uso de Lentes de Contato: As lentes de contato são uma opção popular entre os atletas, pois oferecem um campo de visão mais amplo e natural comparado aos óculos.

- Cirurgia Refrativa: Algumas opções cirúrgicas podem corrigir a miopia permanentemente, embora essa decisão deva ser cuidadosamente considerada e discutida com um oftalmologista.

- Exercícios Visuais: Programas de treinamento visual podem ajudar a melhorar a coordenação e a percepção de profundidade.

 

 

Rebeca Andrade é um exemplo inspirador de como superar obstáculos e alcançar a excelência, mesmo diante de desafios como a miopia. À medida que a ciência avança, novas soluções e estratégias continuarão a surgir, beneficiando não apenas os atletas, mas todos aqueles que convivem com a miopia.

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